república

Sociedade

2022

Explicamos o que é uma república, suas características, tipos e exemplos. Além disso, a relação com a democracia e a monarquia.

Uma república tem um governo apoiado por instituições democráticas.

O que é uma república?

Uma república é um forma de governo e organização de Doença, em que o poder público é exercido por representantes do povo, vinculados por um corpo de leis estabelecido para todos (isto é, uma Constituição), e no âmbito de uma separação do poderes públicos.

A palavra república vem do latim Res publica, “A matéria pública”, ou seja, a esfera de interesse público ou do Estado. O termo foi usado pela primeira vez por volta do ano 500 a. C., no início do governo republicano da Roma Antiga, que durou até 27 AC. Quando se tornou uma monarquia.

Naquela época, a república consistia em uma forma parcial de democracia, em que uma aristocracia (os patrícios) ocupou as cadeiras do Senado Romano, e entre eles dois cônsules ou vice-governadores foram eleitos pelo voto de todos os cidadãos livre de Roma.

No entanto, o que hoje se entende por república difere do uso antigo e geralmente se refere ao estado de direito e à separação dos poderes públicos. Nesse sentido, a existência da república é contrária à apropriação do poder político por uma única figura, como ocorre nas autocracias, ou à nomeação de cargos públicos vitalícios, como ocorre nas monarquias.

Quando falamos de uma república, hoje, geralmente nos referimos a uma governo sustentado por suas instituições democráticas, nas quais todos os cidadãos são iguais perante a lei. Esta ideia de república surgiu após a Revolução Francesa 1789, em que a tradicional monarquia francesa foi abolida. Mesmo assim, há certa margem de ambigüidade em torno do uso do termo, dependendo do ponto de vista considerado.

Características de uma república

Em geral, uma república tem as seguintes características fundamentais:

  • A participação política ativa dos cidadãos, ou seja, a gestão pública e aberta dos atos do Estado, e a possibilidade de qualquer cidadão poder participar ativamente da atividade política.
  • Representação igualitária dos cidadãos em instituições, isto é, que as instituições do Estado são dirigidas por representantes do povo, e que nenhuma tem prioridade ou prioridade sobre as outras, nem está sujeita a regras fundamentais diferentes.
  • Liberdade e igualdade perante a lei para os cidadãos, de forma que as esferas pública e privada se separem e tenham seus respectivos marcos regulatórios, garantindo o livre exercício individual, cultural, econômico, social e político.

Tipos de república

Existem diferentes maneiras de classificar as repúblicas. Por exemplo, com base em seu respeito pelos valores democráticos, podemos falar sobre:

  • Repúblicas democráticas, quando suas autoridades são eleitas pelo voto direto ou indireto do povo, e o direitos humanos fundamental.
  • Repúblicas autoritárias, quando o poder é exercido unilateralmente por alguma facção política, que monopoliza as instituições e viola as formas democráticas. Podem ser repúblicas unipartidárias, por exemplo, nas quais haja apenas um partido político possível: aquele que exerce o poder.

Ao mesmo tempo, podemos diferenciá-los de acordo com sua constituição do poder executivo em:

  • Repúblicas presidenciais, quando o poder Executivo está nas mãos de um presidente eleito por voto popular.
  • Repúblicas parlamentares, quando o poder executivo é controlado por um primeiro-ministro eleito pela poder Legislativo, isto é, do parlamento, e suas funções são submetidas a esta instituição em grande medida.
  • Repúblicas semipresidenciais, aquelas que procuram combinar os dois casos anteriores, elegendo um presidente pelo voto popular, mas também um primeiro-ministro com quem devem dividir o poder. É conhecido como o estado de duas cabeças.

Outra classificação possível atende aos critérios territoriais do Estado, e distingue entre:

  • Repúblicas unitárias, nas quais todo o país é liderado por um único centro de poder político, em sua capital, com delegações regionais ou emissários nomeados a partir do centro.
  • Repúblicas federativas (ou confederadas), nas quais o território O total do país é a soma dos territórios dos diferentes Estados menores, que se associam para se governar de forma comum, por meio do sistema de federação ou confederação, conforme o caso.

E por fim, de acordo com o papel da religião, temos:

  • Repúblicas seculares, nas quais a Igreja e o corpo religioso carecem de poder político e constituem apenas referências morais e tradicionais. O estado não tem religião oficial, e há liberdade de culto.
  • Repúblicas confessionais, nas quais o Estado exerce uma posição religiosa específica, com uma religião oficial que dá à Igreja ou a um corpo religioso específico uma influência política variável. Em alguns casos, isso pode ser meramente formal, mas em outros a separação entre Igreja e Estado pode muito bem não existir, como nas teocracias.

Exemplos de república

A República Francesa é uma das mais antigas da Europa.

Não é difícil encontrar exemplos contemporâneos de repúblicas: a maioria das nações do mundo são governadas por esse sistema. Então, por exemplo, temos:

  • A República Francesa, de tipo semi-presidencialista, uma das mais antigas em Europa.
  • A Federação Russa, uma república semi-presidencialista composta por 85 “súditos federais”.
  • A República Federal da Alemanha, de tipo parlamentar e federativo. Também pode ser feita menção à sua ex-irmã comunista, a República Democrática Alemã, que está desaparecida desde 1990.
  • A denominacional República Islâmica do Irã é baseada no islamismo xiita e é governada por um sistema presidencialista.
  • A República Federativa do Brasil, tribunal presidencial desde 1988, quando a democracia voltou ao país.
  • A República Árabe Sarauí Democrática, um estado de reconhecimento limitado, de tipo unipartidário e semipartidário, corresponde à antiga província do Saara espanhol, grande parte da qual é controlada por Marrocos desde 1979.

República e democracia

Em princípio, não é a mesma coisa falar de república do que falar de democracia, embora ambos os termos sejam hoje indistinguíveis na maioria dos contextos.

Em geral, a diferença entre uma coisa e outra tem a ver com o fato de a república ser um método de administração do Estado que pode ser exercido de forma não democrática, ou seja, violando princípios fundamentais da democracia como o livre exercício político, o respeito direitos humanos, ou a separação dos poderes públicos.

Por exemplo, a maioria das repúblicas socialistas que existiram no século 20 foram construídas de acordo com a ordem republicana soviética, ou seja, a partir da representação direta dos trabalhadores em diferentes comitês ao longo de uma estrutura burocrática.

Mas essas repúblicas eram de partido único, ou seja, não permitiam nenhum tipo de participação política fora do partido oficial no poder, então todas as instituições faziam parte do partido e eram controladas pela mesma elite. Assim, eram repúblicas, mas não democracias.

Em conclusão, a democracia é um sistema de valores para o exercício do poder, que contempla a eleição popular, o respeito pelos direitos fundamentais e o Estado de Direito; enquanto a república é um sistema de governo que consiste em delegar o poder político a representantes do povo, de acordo com as disposições das leis e de acordo com a separação dos poderes públicos.

República e monarquia

As tensões entre a república e a monarquia existem desde os primeiros tempos do história da humanidade. A história da Roma Antiga, por exemplo, é disso testemunho: a possibilidade de que a ordem republicana seja subvertida e se torne um império ou, inversamente, de que uma monarquia estabelecida entre em colapso e permita a ascensão de uma república.

No entanto, a grande diferença entre um sistema de governo e outro está na existência de um monarca, ou seja, um cargo político vitalício, hereditário e que não é nomeado por nenhuma instância democrática, nem por voto popular. Sultões, faraós, reis e rainhas, protetores da pátria, lideres Eternos ou outras designações semelhantes são, por sua natureza, contrários à ordem republicana.

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