semiótica

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2022

Explicamos o que é a semiótica, sua origem e o que é a função semiótica. Além disso, exemplos e sua relação com a semiologia.

A semiótica estuda os signos da comunicação humana, sejam eles linguísticos ou não.

O que é semiótica?

É chamado de semiótica ou semiologia (dependendo da perspectiva acadêmica) para o Ciência derivado de filosofia, que se dedica ao estudo de sistemas de comunicação dentro do sociedades humano. Pode ser definida em geral como a ciência que estuda os signos da comunicação humana (semiose).

Como veremos adiante, a semiótica é uma ciência nova, mas de história antiga, muitas vezes entendida como uma "Teoria do Significado", ou seja, uma tentativa de compreender cientificamente a capacidade do ser humano construir signos, isto é, tratar e construir diferentes expressões idiomáticas.

No entanto, há quem considere a semiótica uma meta-ciência, visto que é, ao mesmo tempo, uma ciência em si, e um instrumento para estudar outras áreas do conhecimento científico, sempre a partir dos seus respectivos signos ou linguagens.

Um conceito chave para a compreensão da semiótica é a semiose, entendida como a criação de sentido a partir do uso de algum tipo de signos, desde que estes sejam interpretáveis ​​na mente de quem os recebe ou lê. Assim, de acordo com a semiótica tradicional, toda semiose, ou seja, toda significação, envolve três instâncias diferentes:

  • Um objeto a representar, que pertence à ordem do realidade (concreto ou abstrato).
  • Um sinal que o representa, chamado representar e que a substitui em sua ausência (isto é: quando leio "pedra", não tenho a pedra em minha mão, mas a palavra em minha boca).
  • Um interpretante capaz de resgatar a referência ao objeto do signo que recebe.

Origem da semiótica

O nome de semiótica vem do grego sêmen ("Sign"), e foi cunhado pelo filósofo inglês John Locke (1632-1704). No entanto, já existia em certos campos científicos, como a médica, em que era mais ou menos utilizado como sinônimo a partir de diagnóstico, ou seja, como a interpretação dos sinais que uma doença causa no corpo humano.

Este último se deve, em parte, ao fato de que o interesse humano pelos signos e significados remonta aos tempos antigos no história da espécie. A herança de filósofos como Platão (c. 427-347 aC), Aristóteles (384-322 aC) e pensadores medievais posteriores foi muito importante para a fundação da semiótica.

Um de seus precursores foi o filósofo americano Charles Peirce (1839-1914), que o batizou como Semiótica: "a doutrina causi-necessário ou formal dos signos ”. Inicialmente, era uma disciplina ligada ao linguística.

No entanto, importantes pensadores da disciplina como o italiano Umberto Eco (1932-2016) acreditam que as raízes da semiótica já estavam nos tratados da maioria dos grandes pensadores da tradição ocidental.

Função semiótica

Piaget descreve a função semiótica como a possibilidade de evocar significados ausentes.

Dentro psicologia, a função semiótica ou função simbólica é a capacidade do cérebro humano de formar signos, desenvolvida de acordo com as teorias do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) a partir dos dois anos de idade, no início do período de inteligência pré-operatória.

Piaget descreve essa função como a possibilidade de evocar significados ausentes, sejam eventos, objetos ou relações, a partir da construção de signos, ou seja, de significantes diferenciados.

Ou seja, trata-se da função que permite ao cérebro humano trabalhar com signos, ou seja, construir gestos, símbolos ou recursos que remetem a uma referência específica que está ausente no momento, mas que é evocada pelo recurso de o idioma.

Semiótica e Semiologia

Os termos semiologia e semiologia são considerados mais ou menos sinônimos, especialmente porque em 1969 a Associação Internacional de Semiologia, reunida em Caracas, Venezuela, optou por usar o termo. semiótica para evitar confusões. Isso ocorre porque cada termo vem de uma história acadêmica separada: o francês que fala de semotique, e o anglo-saxão que fala sobre semiologia.

Exemplos de semiótica

A Semiótica como disciplina é aplicada em inúmeros campos do conhecimento, dando origem a formas aplicadas, que servem de exemplo de semiose:

  • Semiótica médica ou clínica, que tem como foco o estudo, a classificação e o reconhecimento dos sinais que a doença deixa no corpo do paciente.
  • A semiótica musical, que estuda os signos da representação convencional da linguagem do música, como pontuações e estruturas internas.
  • Semiótica Informática ou computacional, que se dedica ao estudo dos tipos de signos criados no âmbito das linguagens artificiais, como os códigos de computador e linguagens de programação.
  • A semiótica social, que tenta estudar o funcionamento dos signos no quadro da sociedade, sem ignorar os elementos humanos e subjetivos que, por outro lado, são ignorados por uma perspectiva linguística.
  • A semiótica visual, que estuda exclusivamente a interpretação de imagens, Fotografias e outras leituras estritamente visuais da realidade.
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