antítese

Língua

2022

Explicamos o que é a antítese como figura retórica e vários exemplos. Além disso, o que são paradoxo e oxímoro.

A antítese pode apresentar sua própria lógica de relacionamentos.

Qual é a antítese?

A antítese é um Figura de linguagem que consiste em opor dois termos complementares e opostos, isto é, duas frases ou conceitos que se opõem abertamente, mas que ao mesmo tempo não podem existir um sem o outro.

Esta figura é típica do poesia e a linguagem poética, pois tende a produzir resultados de grande impacto estético ou expressivo. Em alguns casos, porque envolvem um contraste intenso entre as palavras usadas, e em outros porque, de alguma forma, representam as suas próprias lógica de relações, inaugurando assim um "novo mundo" em que tal relação de oposição-complementaridade é possível.

A palavra antítese vem das raízes gregas anti- ("contra") e tese ("Posicionamento"), e tem sido usado abundantemente por poetas ao longo da história da poesia. Ele também está empregado no filosofia como a negação ou contra-afirmação de uma determinada tese, que abre caminho para uma refutação. "Mas", "entretanto" ou "ao contrário" são geralmente as palavras iniciais de uma antítese filosófica.

Exemplos de antítese

A seguir, explicaremos alguns exemplos do uso de antíteses em textos literários:

  • “O coração está farto, o mundo está vazio” por Novalis.

(Do que pode o coração estar cheio se o mundo está vazio?)

  • “Tu és como a rosa / azulejo / vermelho de noite / branco de dia” de Lope de Vega.

(Como uma flor pode ter uma cor durante o dia e outra à noite?)

Outros exemplos possíveis são os seguintes:

  • “Quando quero chorar não choro / e às vezes choro sem querer” por Rubén Darío.
  • “O amor é tão curto e o esquecimento é tão longo” por Pablo Neruda.

Paradoxo

Não devemos confundir a antítese com uma figura poética semelhante, chamada de paradoxo ou antilogia. Trata-se de um dizer ou fato que é, aparentemente, contrário à lógica ou que envolve em si uma contradição.

Na verdade, este termo é frequentemente usado para descrever o narrações em que o que aconteceu torna o seu próprio passado impossível. Um exemplo são as histórias típicas de viagens no tempo, nas quais o viajante altera o curso da história tornando sua viagem futura impossível e, portanto, também impossibilitando sua chegada ao passado para alterar o futuro.

Exemplos de paradoxo podem ser:

  • "Viver é morrer desde o início."
  • "Se não me engano, o mundo está prestes a acabar."
  • "Eu nunca digo a verdade."

Oxímoro

O oxímoro é outra figura poética semelhante, que consiste na coexistência harmônica de dois termos semanticamente opostos ou antagônicos, dentro de uma mesma formulação. Ele é uma figura típica da poesia e Linguagem figurativa, como os seguintes exemplos:

  • "O Sol preto de melancolia. "
  • "O alegria triste de viver."
  • "UMA eternidade fugaz estrelas no cemitério. "
  • "A mulher era lindo na sua feiúra
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