Explicamos o que é a antítese como figura retórica e vários exemplos. Além disso, o que são paradoxo e oxímoro.
A antítese pode apresentar sua própria lógica de relacionamentos.Qual é a antítese?
A antítese é um Figura de linguagem que consiste em opor dois termos complementares e opostos, isto é, duas frases ou conceitos que se opõem abertamente, mas que ao mesmo tempo não podem existir um sem o outro.
Esta figura é típica do poesia e a linguagem poética, pois tende a produzir resultados de grande impacto estético ou expressivo. Em alguns casos, porque envolvem um contraste intenso entre as palavras usadas, e em outros porque, de alguma forma, representam as suas próprias lógica de relações, inaugurando assim um "novo mundo" em que tal relação de oposição-complementaridade é possível.
A palavra antítese vem das raízes gregas anti- ("contra") e tese ("Posicionamento"), e tem sido usado abundantemente por poetas ao longo da história da poesia. Ele também está empregado no filosofia como a negação ou contra-afirmação de uma determinada tese, que abre caminho para uma refutação. "Mas", "entretanto" ou "ao contrário" são geralmente as palavras iniciais de uma antítese filosófica.
Exemplos de antítese
A seguir, explicaremos alguns exemplos do uso de antíteses em textos literários:
- “O coração está farto, o mundo está vazio” por Novalis.
(Do que pode o coração estar cheio se o mundo está vazio?)
- “Tu és como a rosa / azulejo / vermelho de noite / branco de dia” de Lope de Vega.
(Como uma flor pode ter uma cor durante o dia e outra à noite?)
Outros exemplos possíveis são os seguintes:
- “Quando quero chorar não choro / e às vezes choro sem querer” por Rubén Darío.
- “O amor é tão curto e o esquecimento é tão longo” por Pablo Neruda.
Paradoxo
Não devemos confundir a antítese com uma figura poética semelhante, chamada de paradoxo ou antilogia. Trata-se de um dizer ou fato que é, aparentemente, contrário à lógica ou que envolve em si uma contradição.
Na verdade, este termo é frequentemente usado para descrever o narrações em que o que aconteceu torna o seu próprio passado impossível. Um exemplo são as histórias típicas de viagens no tempo, nas quais o viajante altera o curso da história tornando sua viagem futura impossível e, portanto, também impossibilitando sua chegada ao passado para alterar o futuro.
Exemplos de paradoxo podem ser:
- "Viver é morrer desde o início."
- "Se não me engano, o mundo está prestes a acabar."
- "Eu nunca digo a verdade."
Oxímoro
O oxímoro é outra figura poética semelhante, que consiste na coexistência harmônica de dois termos semanticamente opostos ou antagônicos, dentro de uma mesma formulação. Ele é uma figura típica da poesia e Linguagem figurativa, como os seguintes exemplos:
- "O Sol preto de melancolia. "
- "O alegria triste de viver."
- "UMA eternidade fugaz estrelas no cemitério. "
- "A mulher era lindo na sua feiúra.»