femicídio

Sociedade

2022

Explicamos o que é feminicídio ou feminicídio, suas causas e sua relação com o machismo. Além disso, a situação dos femicídios no México.

Femicídio é o assassinato de uma mulher pelo simples fato de ser mulher.

O que é um feminicídio?

Quando falamos em feminicídio ou feminicídio, referimo-nos ao assassinato de uma mulher pelo simples fato de ser mulher. É um crime de ódio, que ocorre no âmbito do violência de gênero, ou seja, da submissão a tratamento humilhante, cruel ou doloroso a um indivíduo motivado por seu Gênero sexual ou por causa de sua orientação sexual.

Na verdade, o feminicídio é frequentemente acompanhado por atitudes hostil, espancamento, tortura, estupro e outros comportamentos criminosos contra mulheres e meninas. Geralmente é considerado parte do conjunto de crimes de ódio motivados pelo violência de gênero, legislado de acordo com a mesma ordem jurídica que os assassinatos de homossexuais ou pessoas trans.

Por outro lado, faz parte de uma leitura social e política que destaca a ordem patriarcal das sociedades, que submete as mulheres a um lugar secundário em relação aos homens. As diferentes escolas de feminismoNesse sentido, desempenham um papel importante na formação do contexto cultural que permite, incentiva e tolera o feminicídio.

Femicídio é a expressão mais extrema de sexismo ou da chamada cultura de estupro. No caso específico do femicídio, a tolerância do violência em relação às mulheres, o que também inclui estupro, discriminação e violência física de gênero, especialmente se ocorrer no âmbito de uma relação afetiva.

Femicídio ou femicídio?

Embora ambas as fórmulas sejam comumente aceitas, e ambas estejam registradas no Dicionário da Língua Espanhola da RAE, geralmente se dá preferência ao primeiro termo, já que o segundo revela sua origem como anglicismo (empréstimo do inglês feminicídio).

Porém, há quem atribua ao primeiro termo um sentido mais geral, vinculado ao termo genocídio, e passando a significar uma quantidade significativa de feminicídios produzidos no mesmo país sem o Doença agir sobre o assunto ou mesmo tornar visível o crime cometido.

Origem do termo feminicídio

O feminicídio ocorre em um contexto maior de violência sexista.

O termo feminicídio foi cunhado pela ativista feminista e escritora sul-africana Diana Russell, que dedicou sua vida a tornar visível e a combater a desigualdades do gênero. Este termo foi definido como “o assassinato de mulheres por homens motivado pelo ódio, desprezo, prazer ou sensação de posse para com as mulheres”.

A própria Russell explica que “representa o fim de uma continuum de terror anti-feminino que inclui uma variedade de abusos verbais e físicos, como estupro, tortura, escravidão abuso sexual (particularmente através da prostituição), abuso sexual de crianças incestuosas ou extrafamiliares, espancamentos físicos e emocionais ”.

O termo tem uma história na língua inglesa desde o início do século 19, mas começou a ser usado popularmente a partir de 1976, quando Russell o utilizou perante o Tribunal Internacional para Crimes contra Mulheres.

Desde então, foi amplamente utilizado na década de 1990 e também foi introduzido em espanhol, como resultado da visibilidade dos assassinatos em massa de mulheres em Ciudad Juárez, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Tipos de feminicídio

Normalmente, uma distinção é feita entre duas formas de femicídio:

  • Feminicídio íntimo. Aquilo que ocorre no quadro de uma relação de casal, atual ou passada: mulheres assassinadas por seus maridos, namorados, ex-maridos ou ex-namorados. Também é o caso se o crime for cometido por pais, tios, irmãos ou outros tipos de parentes.
  • Feminicídio não íntimo. Aquilo que ocorre sem a existência de relação sentimental de qualquer espécie entre a vítima e o assassino, nem existe vínculo de parentesco entre eles.

No entanto, também é possível falar sobre outras categorias, como lesbicida, quando se trata de crimes contra mulheres homossexuais, cometidos como punição por sua escolha sexual; ou também de transfemicídio, quando se trata do assassinato de uma mulher trans (ou transexual) pela simples razão de que é.

Causas de feminicídio

Não é simples dar as causas da existência de feminicídio no sociedade atual. Em termos gerais, a explicação mais lógica aponta para uma cultura patriarcal que dominou a maioria das sociedades humanas desde os tempos antigos, e de acordo com a qual era comum considerar as mulheres como cidadão segundo, espólios de guerra e parte do herança Masculino.

No democracia Atenienses, por exemplo, nem mulheres nem escravos podiam participar das decisões públicas. Na moderna democracia ocidental, o voto feminino não ocorreu até o final do século XIX, e graças à luta das sufragistas.

Em algumas sociedades orientais, as mulheres devem ser escondidas da vista do público por véus ou trajes especiais. Além disso, em alguns casos, ela está sujeita à vontade final de seu pai e, em seguida, à de seu marido.

A corrente crítica do feminismo vem alertando e combatendo a cultura machista há mais de um século, conseguindo avanços importantes no reconhecimento jurídico das mulheres, mas ainda muito longe de um panorama da. igualdade.

Nesse sentido, os feminicídios fazem parte das tentativas da cultura patriarcal de recuperar seu domínio, ou seja, são tentativas criminosas de submeter as mulheres a uma situação de obediência, submissão ou indefesa contra os homens.

Também há quem acuse a abundância de testosterona nos homens como corresponsável por suas atitudes violentas, principalmente nos que carecem de Educação formal para contrabalançar seus impulsos. Ainda há muito debate sobre isso.

Femicídio no México

Em 2012, o México incorporou o crime de feminicídio ao código penal.

O México é um caso tristemente ilustre de feminicídio desde que os assassinatos em massa de mulheres e mulheres em Ciudad Juárez se tornaram públicos em 1993.

Em 2009, a Corte Interamericana de Direitos humanos punido contra o Estado mexicano, responsabilizando-o por não ter praticado nenhum tipo de ação que previsse Justiça aos lesados ​​e seus familiares, especialmente os de Claudia Ivette González, Esmeralda Herrera Monreal e Laura Berenice Ramos.

Talvez como consequência disso, em 2012 o México incorporou o crime de feminicídio ao código penal, sendo o primeiro país a propor a classificação do crime.

É o país mais ativo no combate a esse crime. No entanto, em 2016, foram quantificados 1.678 jovens desaparecidos, 150 deles menores, o que levou à decretação do estado de alerta nos estados de Guerrero, Michoacán, Chihuahua, Jalisco e Oaxaca.

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