introspecção

Psicologia

2022

Explicamos o que é introspecção, sua função e como é feita. Além disso, o que é introspecção para a psicologia e para a filosofia.

Por meio da introspecção, a pessoa pode se conhecer melhor.

O que é introspecção?

Introspecção (do latim introspicere, "Olhe para dentro") é a inspeção interna ou olhar interno através do qual observamos nosso próprio pensamentos, memórias e emoções, ou possuir conduta. É um ato de autoconsciência ou autoavaliação, no qual voltamos nossa atenção para dentro, ignorando momentaneamente o exterior.

Através da introspecção podemos nos analisar, obter conclusões pessoais e, o mais importante, para nos conhecermos melhor, para podermos compreender melhor decisões Olhando para o futuro.

Por esse motivo, muitos dos técnicas autoajuda ou crescimento pessoal usam vários métodos de introspecção, seja de acordo com um metodologia formal (desenvolvido por especialistas da psicologia) ou informalmente, como um convite, simplesmente, para nos avaliar honestamente.

Introspecção em psicologia

As experiências de Sigmund Freud e Eugen Bleuer foram muito influenciadas pela introspecção.

Em psicologia, a introspecção é um método formal de revisão interna de pensamentos e emoções, a fim de revelar o próprio sujeito. No final do século XIX, esse método foi formalmente desenvolvido por Alfred Binet (1857-1911) e Pierre Janet (1859-1947), dois psicólogos franceses que chegaram às mesmas conclusões quase simultânea e independentemente.

Os dois se propuseram a desenvolver um método psicoterapêutico que consistisse na revisão voluntária da interioridade, contrapondo-se à corrente positivista que prevalecia na época, para a qual tais experiências eram consideradas subjetivas e, portanto, de pouca utilidade.

Porém, no início do século XX, as experiências de Sigmund Freud (1856-1939) e Eugen Bleuer (1857-1939) foram fortemente influenciadas pela introspecção, a ponto de consistir quase exclusivamente em seu método analítico: fazer o sujeito revelar e observe a si mesmo.

Embora essa possibilidade não estivesse isenta de críticas na época, principalmente daqueles que afirmavam que ninguém pode observar o psiquismo de maneira objetiva, a introspecção ainda hoje é promovida como uma valiosa forma de autoconhecimento, seja para fins terapêuticos ou não.

Introspecção em filosofia

Positivistas como Auguste Comte não recorreram à introspecção.

O filosofia, por sua vez, entende a introspecção como um método para apreender os próprios estados de consciência, por meio da meditação e da reflexão.

As bases para este conceito foram desenvolvidas especialmente pelo francês René Descartes (1596-1650). Em seus Meditações metafísicas Ele o propôs como um método de "consciência reflexiva", pautado por uma "transparência" quanto à visão que se pode realizar de si mesmo.

Esse legado foi de extrema importância para outro filósofo central do Ocidente, Immanuel Kant (1724-1804), para quem a introspecção era a forma de “possuir o eu a partir de sua representação”. Assim, ele o estabeleceu em sua filosofia do assunto.

Porém, com o advento do positivismo, Augusto Comte (1798-1857) considerou-o um "método pretendido" cartesiano em que se aspirava ser observador e observado. De acordo com os positivistas, a mente humana é capaz de observar todos os fenômenos do universo, exceto o seu próprio.

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