Explicamos o que é negligência, sua origem, uso no direito e vários exemplos. Além disso, diferenças com imprudência.
A negligência em um trabalho mal executado é mais grave se colocar as pessoas em perigo.O que é negligência?
Em geral, quando falamos de negligência, referimo-nos ao fato de que um trabalho ou atividade foi realizado com pouco cuidado ou pouca aplicação, especialmente em tarefas vitais, importantes ou das quais depende a vida de terceiros. Ou seja, quando algo foi feito para sair do controle, sem prestar a devida atenção ou sem tomar as medidas necessárias para que tudo corresse bem.
A palavra negligência vem do latim negligente, composto pelas vozes nec- (prefixo de negação) e Legere (“Ler”), referindo-se a tudo o que é feito sem dar atenção às devidas instruções, ou seja, sem ser documentado, sem aprender, sem informar minimamente. UMA pessoa Negligente é aquele que cumpre as suas obrigações sem se esforçar para garantir o seu sucesso e, sobretudo, sem prestar o cuidado e a atenção que isso merece.
Este termo é de uso comum no mundo do direito. Na verdade, constitui um tipo de reivindicação legal que as pessoas podem formular contra uma organização ou contra um indivíduo que causou danos a elas ou a seus propriedades, por falta de cuidado ou esforço na realização de um trabalho.
Geralmente, os casos de negligência envolvem algum tipo de indenização para quem sofreu o dano, e algum tipo de punição para a pessoa ou instituição negligente.
Exemplos de negligência
Existem muitas formas específicas de negligência, geralmente nomeadas após o tipo de trabalho mal executado ou com interrupções. Tais como:
- Imperícia médica, quando se trata de trabalho médico realizado de forma descuidada ou não rigorosa e que, portanto, compromete a saúde ou o bem-estar do paciente. Por exemplo, quando em uma operação eles esquecem uma gaze dentro do paciente e devem operar novamente para retirá-la, colocando em risco sua vida desnecessariamente.
- A negligência jurídica, no caso específico da advocacia, ocorre quando o profissional da área não presta ao réu o mínimo de cuidado, respeito e dedicação em seus serviços, causando prejuízo na resolução de sua causa, contra o minimamente razoável . Por exemplo, um advogado de defesa que não estude o seu caso, que não considere suas características mínimas e seu mau desempenho acarreta uma penalidade maior do que a minimamente esperada para seu cliente.
- A negligência profissional, em geral, refere-se a áreas de atuação profissional, quaisquer que sejam, nas quais o trabalho foi realizado de forma descuidada, pouco séria ou rigorosa e que compromete terceiros. Ocorre, por exemplo, quando um funcionário público não dá atenção à documentação das pessoas que atende e causa atrasos injustificados e irracionais em seus procedimentos.
- Negligência técnica, aquela que tem a ver com a escolha ou disposição de elementos específicos, cujo manejo requer conhecimentos especializados e dedicação mínima e responsabilidade. Por exemplo, a má escolha de materiais para construir uma ponte que posteriormente desaba e causa um acidente fatal.
Diferença entre negligência e imprudência
Ser imprudente é ser pouco responsável no que você faz.Porém, não é a mesma coisa ser negligente, ou seja, pouco esforço e pouca responsabilidade no que se faz, principalmente quando envolve o bem de terceiros, do que ser imprudente. A imprudência implica agir sem levar em conta as consequências que trarão. Ou seja, ações realizadas sem bom senso (do latim Eu estou-, "sem", pró-, "Avançar" e Videre, "Ver", isto é, "sem olhar para frente").
A imprudência pode ser tão perigosa e repreensível quanto a negligência e, embora na linguagem cotidiana os dois termos possam ser usados de forma mais ou menos semelhante, eles têm nuances diferentes que são especialmente importantes em questões de Direito.
Estas nuances distinguem entre a criação ou agravamento de um perigo devido ao descuido ou ingenuidade das pessoas (imprudência), e a omissão de tomar os cuidados necessários para neutralizar um perigo já existente (negligência). Isso muitas vezes implica uma diferença de boa fé: o imprudente age acreditando mal que está indo bem, enquanto o negligente muitas vezes conhece o risco que faz outra corrida e opta por não fazer nenhum esforço para evitá-la.
Vamos explicar essa diferença com um exemplo: vamos imaginar um médico que opera alguém com uma intervenção simples e rápida, mas o paciente morre inesperadamente na sala de cirurgia. Quando uma comissão especializada realiza as investigações, ela descobre que o paciente morreu devido a uma de duas opções:
- Imprudência, já que foi operado apesar de o procedimento envolver riscos devido ao seu acima do peso. Por não ter advertido o paciente dos riscos de sua condição e procedido a uma operação sem levar em conta o perigo para o paciente, o médico agiu sem a necessária prudência.
- Negligência, pois foi operado sem que a equipe médica calculasse corretamente a dose correta da anestesia. Ao agir de maneira tão descuidada e irresponsável, o anestesiologista foi negligente e causou a morte de quem normalmente poderia ter superado a intervenção.
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