regionalismos

Língua

2022

Explicamos o que são regionalismos na linguagem, literatura e política. Além disso, exemplos de regionalismos linguísticos.

Os regionalismos dão nomes diferentes ao mesmo referente.

O que são regionalismos?

Dentro linguística, Regionalismos são aquelas palavras ou construções sintáticas características de um determinado lugar geográfico e, portanto, fazem parte da identidade linguística de seus habitantes ou colonizadores.

Geralmente, os regionalismos consistem em variações lexicais, ou seja, em nomes diferentes para as mesmas coisas. Assim, são evidências da riqueza linguística de um idioma determinado, no qual o mesmo referente possui inúmeras palavras.

Claro, regionalismos são considerados como tal porque diferem da norma padrão da língua, determinada por sua tradição ou por seus aspectos comuns às outras variedades. Ou seja, uma palavra ou uso é considerado regionalismo por quem não o usa, mas para quem o usa regularmente é apenas mais uma palavra comum.

Há espaço para debate sobre qual seria a "norma" de uma língua, visto que ela é falada de forma diferente em cada comunidade linguística. Todos consideram “normal” a sua utilização da língua, sem que isso signifique que a forma de a utilizar por quem reside no país vizinho seja “incorreta” ou “especial”. É melhor entender que o padrão ideal de uma linguagem não existe no nível de realidademas apenas como uma abstração coletiva.

Por outro lado, os regionalismos linguísticos podem fazer parte dos aspectos defendidos pela nacionalismo político e por identidades culturais. No entanto, são apenas evidências de como as línguas permitem aos falantes uma importante margem de originalidade, criatividade e personalização do sistema.

Exemplos de regionalismos linguísticos

Aqui estão alguns exemplos de regionalismos na linguagem:

Regionalismos do México (ou mexicanos):

  • Caminhão, trólebus ou pesar para "ônibus".
  • Crianças, estremecimento, pessoal para "crianças" ou "meninos".
  • Pessoal ou compasso para "amigos" ou "companheiros".
  • Pai ou legal para o bem".
  • por dinheiro".
  • Chafa para "ruim".
  • Trabalhos para trabalho".
  • Tiras, chotas ou julia para "polícia".
  • Louco ou guiado para "louco".

Regionalismos da Argentina (ou Argentinismos).

  • Coletiva para "ônibus".
  • Crianças para "crianças" ou "meninos".
  • Prata ou barbante por dinheiro".
  • Laburo para trabalho".
  • bárbaro ou piola para o bem".
  • Pata ou fagote para "ruim".
  • Gaúcha para "favor".
  • Embole para "aborrecimento" ou "tédio".
  • Birome para "caneta".
  • Canchero para "confiante".
  • Chamuyo para "engano" ou "manipulação".
  • Pronghorn para "má qualidade".
  • Tombos ou juta para "polícia".

Regionalismos da Venezuela (ou venezuelanismos).

  • Ética de caminhão, ônibus ou ônibus para "ônibus".
  • Querida, criança ou Chamito para "criança" ou "menino".
  • Veludo cotelê Para o amigo".
  • Prata, Biyuyo ou força por dinheiro".
  • Caranguejos ou Caligüeva para "aborrecimento" ou "tédio".
  • Arrecho para "irritante".
  • Chimbo para "ruim" ou "má qualidade".
  • Pichirre para "avarento" ou "mesquinho".
  • Multar ou legal para o bem".
  • Pacos ou tombos para "polícia".

Regionalismo literário

No campo literário também é possível observar regionalismos linguísticos, principalmente nas histórias que almejam retratar os sociedade, conforme classificado na literatura realista ou costumbrista. No entanto, o termo "regionalismo" ou "regionalista" também é usado em dois sentidos muito específicos na literatura latino-americana:

  • Literatura regionalista no sentido de que cada nação A América Latina representa uma região literária com identidade própria, e na qual suas localidades têm um grande papel.
  • O romance "regionalista" ou "regional" que tenta representar com fidelidade a realidade das regiões rurais latino-americanas, especialmente as indígenas (de modo que englobe o chamado "romance indígena").

Regionalismo político

Por outro lado, é conhecido na política como "regionalismo" a uma ideologia e movimento político, identificado com o autonomismo, cujas propostas visam a independência política, econômica e social das unidades geográficas homogêneas étnicas, culturais ou sociais, ou seja, de a regiões de um país, apesar de reconhecer o poder político superior do governo nacional.

O poder central de uma nação tende a coexistir com os seus poderes regionais, segundo diferentes modelos de governança, mas às vezes é possível que as divergências, desigualdades e outros fatores culturais que alimentam os regionalismos conduzam a desejos de independência.

!-- GDPR -->