- O que é um silogismo?
- Estrutura do silogismo
- Tipos de silogismo
- Regras de silogismos
- Exemplos de silogismos
- Falácias
Explicamos o que é um silogismo em lógica, sua estrutura, relação entre premissas, tipos, regras e exemplos. Além disso, o que é uma falácia.
Os silogismos são estudados em lógica proposicional, matemática, ciência da computação e filosofia.O que é um silogismo?
Dentro lógica, um silogismo é um método de raciocínio, muito indutivo O que dedutivo. Seu nome vem do grego silogismos e foi estudado pelo filosofia da antiguidade grega, especialmente por Aristóteles (384-322 aC), que foi o primeiro a formulá-la.
É um método fixo de raciocínio lógico que consiste em três partes: duas premissas e uma conclusão, esta última obtida como resultado das duas primeiras.
Todo silogismo relaciona duas partes por meio de julgamentos, ou seja, sua comparação. O primeiro, Aristóteles chamou premissa principal, para o segundo premissa menor e na conclusão conseqüente. Essas partes são geralmente entendidas como proposições, passível de ter um valor verdadeiro (V) ou falso (F).
A lógica silogística ou silogística é abundantemente praticada na lógica proposicional, nos estudos matemáticos ou computacionais, e também no estudo da filosofia.
Estrutura do silogismo
Como já dissemos, a estrutura do silogismo é fixa, independentemente da questão que abordem ou da natureza de suas premissas, e consiste em três elementos:
- Uma premissa principal, equivalente a um predicado da conclusão (P).
- Uma premissa menor, equivalente a um sujeito da conclusão (S).
- Um termo médio, com o qual P e S são comparados.
- Uma conseqüência ou conclusão, que é alcançada afirmando ou negando a relação entre P e S.
Esses termos estão relacionados entre si por julgamentos, que podem ser de certa natureza, dependendo do tipo de afirmações ou negações que fazem:
- Universal: eles sustentam que uma propriedade diz respeito a todos os elementos, ou seja, todo S é P.
- Particular: ao contrário, estendem uma propriedade sobre alguns elementos de uma totalidade maior, isto é: alguns S são P.
- Afirmativa: também chamada de união, propõem uma relação de equivalência entre os termos: S é P.
- Negativo: também chamado de separação, propõem o contrário dos anteriores: S não é P.
Assim, existem quatro tipos de argumentos possível a partir de um silogismo:
- (A) Universais afirmativos: Todo S é P (onde S é universal e P é particular). Por exemplo: "Todos os humanos devem respirar."
- (E) Universais negativos: Nenhum S é P (onde S é universal e P é universal). "Nenhum humano respira debaixo d'água."
- (I) Particulares afirmativos: Algum S é P (onde S é particular e P é particular). "Alguns humanos nascem no Egito."
- (O) Particulares negativos: algum S não é P (onde S é particular e P é universal). "Alguns humanos não nascem no Egito."
Tipos de silogismo
Dependendo de como as premissas de um silogismo estão relacionadas, podemos distinguir algumas de suas classes, tais como:
Silogismo categórico ou clássico. É o tipo usual e simples de silogismo, no qual as premissas e a conclusão são proposições simples. Por exemplo:
- Toda semana começa na segunda-feira.
- Hoje é segunda-feira.
- Então, hoje começa uma semana.
Silogismo condicional. Nesse tipo, a premissa maior estabelece uma relação de dependência em relação a duas proposições categóricas. Portanto, a premissa menor afirma ou nega alguns dos termos, e a conclusão afirma ou nega o termo oposto. Por exemplo:
- Se for dia, o sol está brilhando.
- Não é dia agora.
- Então o sol não brilha.
Silogismo disjuntivo. Nele, a premissa maior propõe uma disjunção, ou seja, a escolha entre dois termos opostos, de modo que eles não podem ser simultaneamente verdadeiros ou falsos. Por exemplo:
- Um animal nasce macho ou fêmea.
- Um animal nasce macho.
- Portanto, não é feminino.
Regras de silogismos
Os silogismos são regidos por um conjunto de regras inquebráveis, tais como:
- Nenhum silogismo consiste em mais de três termos.
- A conclusão não pode ser mais extensa do que as premissas.
- O meio-termo não pode estar na conclusão.
Por outro lado, as instalações também têm suas regras:
- Nenhuma conclusão pode ser tirada de duas premissas negativas.
- Uma conclusão negativa não pode ser tirada de duas premissas afirmativas.
- Nenhuma conclusão válida pode ser tirada de duas premissas particulares.
Exemplos de silogismos
Aqui estão alguns exemplos simples de silogismos:
- Os que nascem na Espanha são espanhóis. Minha mãe nasceu na Espanha. Então minha mãe é espanhola.
- Só estou atrasado quando chove. Hoje não choveu. Então eu vou chegar na hora certa.
- Algumas pessoas não sabem nadar. Para se salvar, você tem que nadar. Então, algumas pessoas não serão salvas.
- Todos os meus amigos falam espanhol. Rodrigo não fala espanhol. Portanto, Rodrigo não é meu amigo.
Falácias
As falácias são aqueles argumentos que formalmente parecem válidos, mas não são. Isso não implica que suas premissas e conclusões sejam falsas ou verdadeiras, mas que a relação estabelecida entre elas é inválida.
Em seus Refutações sofísticasAristóteles identificou até treze tipos de falácia, mas existem centenas deles nas classificações modernas. Um exemplo simples de falácia é o seguinte silogismo:
- Todos os meus colegas são ingleses. Boris é inglês. Então Boris é meu parceiro.
Como se verá, chega-se a uma conclusão que não necessariamente se extrai das premissas, uma vez que ser inglês não pressupõe ser sócio, mas o contrário. A partir dessa premissa inicial, só poderíamos concluir que Boris é inglês se nos dissessem que ele é sócio.