dança contemporânea

Arte

2022

Explicamos o que é dança contemporânea, suas diferenças com o balé clássico e suas características. Além disso, seus principais expoentes.

A dança contemporânea respondeu a uma necessidade de se expressar com mais liberdade.

O que é dança contemporânea?

Dança contemporânea ou dança moderna é um arte performática surgiu no final do século XIX. Foi uma reação contra as formas clássicas de dança (especialmente balé clássico) e respondeu a uma necessidade cultural no Ocidente de se expressar mais livremente com o música e ele Corpo.

Enquanto o balé clássico aposta em formas estilizadas e convencionais, a dança contemporânea explode com formas mais agressivas, que representam o belo e o feio da vida. Era contra os cânones tradicionais, não exigindo um traje homogêneo, ou incorporando diferentes superfícies e ambientes à coreografia.

As origens da dança contemporânea remontam ao final do século XIX e início do século XX, como uma reação às restritivas dinâmicas da dança tradicional. Foi criado por dançarinos como a americana Loie Fuller (1862-1928), Isadora Duncan (1877-1927), Ruth Saint Denis (1879-1968), Martha Graham (1894-1991), Doris Humphrey (1895-1958) e a alemã Mary Wigman (1886-1973).

Palcos tão importantes como a Exposição Universal de Paris ou os palcos londrinos da época foram os primeiros locais onde esta nova proposta começou a ser apresentada ao público, com bailarinos descalços e coreografias menos rígidas.

Porém, logo essa busca ativa por uma expressão mais livre inspirou muitos outros artistas que já sofriam de restrições expressivas. Assim, até Segunda Guerra Mundial eles falaram de "dança moderna" para se referir juntos a essas novas tendências. Mas, a partir da década de 1940, a dança contemporânea foi considerada um verdadeiro turbilhão de estilos e tendências, desenvolvidos dentro do novo gênero.

Características de dança

Em termos gerais, a dança contemporânea é caracterizada pelo seguinte:

  • Um passeio panorâmico vanguarda, no que diz respeito às montagens de ballet clássico: roupas diferentes e por vezes desiguais, cenários inusitados em que o chão desempenha um papel na dança, efeitos sonoros, efeitos visuais, decorações e um conjunto de elementos coreográficos que incorporam um sentido dramático da dança. O coreógrafo, portanto, toma decisões criativas e persegue conceitos expressivos, experimentações e buscas por meio da gestão de palco.
  • Os movimentos dos bailarinos já não são tão rígidos ou rítmicos como no ballet, mas bebem de diferentes influências e tendências. Em geral os movimentos são mais livres, ousados ​​e inovadores. Longe está a preciosidade do balé clássico.
  • Isso quebra as convenções segundo as quais um homem deve carregar uma mulher nas montarias, permitindo que vários homens carreguem uma mulher ou uma mulher carregue um homem. Os papéis tradicionais do dançarino são deixados para trás.
  • Busca constantemente a mudança e não tem medo de incorporar elementos de outros tradições musicais ou rítmico (Africano, Asiático, etc.).
  • Sua aposta é do tipo expressionista, no sentido de refletir a interioridade emocional dos artistas e tentar expressar um conteúdo subjetivo, ao invés de belas formas clássicas e impessoais.

Principais expoentes da dança contemporânea

Isadora Duncan se considera a criadora da dança contemporânea.

Houve muitos inovadores e praticantes da dança contemporânea em seus mais de 100 anos de história e, em geral, há uma tendência de classificá-los em duas escolas diferentes: a americana, nascida nos Estados Unidos, e a europeia, ambas abrangendo três. gerações de artistas e criadores. Entre os principais expoentes de ambas as escolas encontramos:

  • Loie Fuller. Nascida nos Estados Unidos em 1862, foi uma importante dançarina, atriz, produtora e escritora, cujo trabalho teve um imenso impacto na Europa, com mais de 130 novas danças incorporando efeitos visuais, tecidos flutuantes e luzes multicoloridas.
  • Isadora Duncan. Dançarina e coreógrafa americana nascida em 1877, é amplamente considerada a criadora da dança contemporânea. Usando os preceitos gregos clássicos, Duncan reinterpretou os movimentos de dança para aspirar a formas mais naturais, com maior expressão emocional, lado a lado com o expressionismo. Ciente de que era uma revolucionária em seu gênero, nem sempre teve a aceitação de um público acostumado às formas clássicas: durante sua turnê sul-americana em 1916, por exemplo, teve inúmeros problemas tanto com os colegas quanto com o público, a quem finalmente insultado em Buenos Aires durante uma encenação, acusando-os de não terem educação.
  • Rudolf von Laban. Mestre húngaro da dança moderna nascido em 1879, inaugurou em 1925 o seu Instituto Coreográfico em Zurique, na Suíça, que mais tarde teve grandes e importantes ramos no resto da Europa. Em 1928 ele propôs um método de notação matemática de extrema importância na arte da coreografia (notação labiana). Ele faleceu em 1958 em Surrey, Inglaterra.
  • Mary Wigman. Alemã de nascimento em 1886, é considerada a principal promotora da dança expressionista europeia. Foi aluna e assistente do professor Rudolf von Laban, e estava intimamente ligada ao grupo literário expressionista alemão Die Brücke, e ao grupo Dadaísta de Zurique durante Primeira Guerra Mundial. Em 1920 ele criou sua própria escola de dança contemporânea.
  • José Limón. Dançarino mexicano nascido em 1908 e falecido nos Estados Unidos em 1972, foi professor de dança e coreógrafo, criador de um estilo próprio que destacava o papel masculino na dança, e considerado um precursor da dança contemporânea.
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