história da contabilidade

História

2022

Explicamos a história da contabilidade, sua relação com a matemática e a política. Além disso, contabilidade moderna.

O capitalismo aumentou a necessidade de contabilidade profissional.

Qual é a história da contabilidade?

O contabilidade é uma disciplina encarregada de medir e analisar a situação financeira e patrimonial de um indivíduo, um nação ou um organização determinado, seja da esfera pública ou privada, com o objetivo de fornecer informação relevante para as tarefas de gestão e tomada de decisão.

É uma disciplina técnica, à qual se encontram actualmente contratados contabilistas ou profissionais da contabilidade, profissões que só existem desde o século XIX até aos nossos dias, apesar de a contabilidade ter uma história milenar. Isso porque a necessidade de contabilizar os bens, ou seja, mantê-los para uma melhor organização econômica, é tão antiga quanto a humanidade.

Na verdade, é considerada uma das razões para a invenção do escrevendo, que acaba de dar os primeiros passos na Mesopotâmia, Egito e outras geografias como método de representação de bens, gado ou pessoas, através de letreiros ou desenhos dos mesmos. Ainda existem listas de despesas, mercadorias recebidas e vendidas e outros documentos semelhantes com cerca de 7.000 anos.

Além disso, a ascensão do grande impérios O primeiro representou um acúmulo de informações econômicas, produtivas, tributárias e comerciais que, sem dúvida, representaram um desafio para os administradores, dado o seu volume de transações. É por isso que ele exigiu o trabalho de algum tipo de contador, para manter um registro do que está lá, o que é devido, o que é negociado, o que é realizado, o que é arrecadado em impostos, e assim por diante.

O Império RomanoPor exemplo, ele era conhecido por lidar com informações financeiras, mas de forma alguma foi o primeiro a fazê-lo. Os antigos persas, fenícios, assírios e sumérios já tinham uma prática relativa de contabilidade.

Por outro lado, os primeiros textos sobre a arte da contabilidade surgiram em culturas nas quais a matemática Foi inventado. Durante o Império Maurya (320-185 aC) da Índia, por exemplo, o brâmane e o escritor Chanakya (c. 350-283 aC) escreveram sua obra Arthashasthra, no qual ele explica em detalhes como manter os livros contábeis de um Estado soberano.

Algo semelhante foi desenvolvido na época do imperador romano Augusto (63 aC-14 dC), que listou e quantificou os gastos públicos do império, conforme evidenciado no Res Gestae Divi Augusti ("As façanhas do divino Augusto"). Lá, era mantido um registro de doações, custos para veteranos de guerra, ofertas, construções de templos e assim por diante. Esse é apenas um exemplo dos muitos documentos contábeis que sobreviveram da Roma Antiga.

Posteriormente, a contabilidade ganhou importância na Europa medieval quando no século XIII uma economia monetária começou. Na verdade, naquela época foi introduzido o método de dupla entrada, que registra uma entrada de débito para cada transação (do latim Vou debitar, "Dívida") e outro em crédito (do latim credere, "Acredite" ou "confie").

Os pioneiros no uso desta metodologia foram os banqueiros judeus do Oriente Médio, embora eles logo tenham se mudado para a Itália renascentista, sede do burguesia comercial, e o primeiro livro que reúne esse método contábil é o Razão de Farolfi (1299-1300), da Giovanno Farolfy & Company, empresa florentina com sede em Nimes, França.

Dois outros livros importantes para a padronização da contabilidade naquela época eram:

  • O Tratado Della mercatura e del mercante perfetto ("Sobre a mercadoria e o mercador perfeito") de Benedetto Cotrugli (1416-1469), comerciante e economista italiano, publicado em 1573 pela primeira vez em Veneza.
  • Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità (“Revisão de Aritmética, Geometria, Proporções e Proporcionalidade”) do frade franciscano Luca Pacioli (c. 1445-1517), que apareceu em 1494 e logo se tornou uma referência para os mercadores da época.

A chegada do modernidade e do pensamento capitalista trouxe uma necessidade ainda maior de contabilidade profissional. Por exemplo, a partir de 1600, a ascensão das sociedades por Ações Isso exigiu novos sistemas de informação contábil, o que levou à sua divisão em dois aspectos: contabilidade para fins internos (para administração) e contabilidade para fins externos (para fins financeiros).

Mas a contabilidade moderna, como é entendida hoje, é um produto da profissionalização do comércio no século 19, especialmente na Escócia, onde conseguiu se separar da advocacia. Assim, em 1854, o Instituto de Contadores de Glasgow requereu à Rainha Vitória uma Carta Real, solicitando a formalização da profissão contábil como de tradição e respeito, cujos profissionais passaram a ser considerados "contadores públicos".

Pouco depois, as primeiras faculdades para contadores credenciados surgiram no País de Gales e na Inglaterra no final do século XIX. Sendo Londres o centro financeiro do mundo durante o Revolução IndustrialAs considerações contábeis britânicas logo se tornaram norma internacional e ecoaram em outras nações. Nos Estados Unidos, por exemplo, o primeiro Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados foi estabelecido em 1887.

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