pós-modernidade

Cultura

2022

Explicamos o que é o pós-modernismo, sua arte, arquitetura, filosofia e características. Além disso, sua relação com a modernidade.

A pós-modernidade apóia a ideia do fracasso do projeto moderno.

O que é pós-modernidade?

Quando falamos de pós-modernidade ou pós-modernidade, nos referimos ao processo culturais, artísticas, literárias e filosóficas surgiram a partir da segunda metade do século XX.

Não deve ser confundido com pós-modernismo, movimento literário Origem hispânica que surgiu no final do século XIX e início do século XX como uma tentativa de renovar e superar a modernismo. Ao contrário, a pós-modernidade é caracterizada por sua oposição ou superação dos preceitos. estética, filosófico e teórico da modernidade.

O termo "pós-moderno" é usado em várias disciplinas, ambos no Artes e humanidades como no Ciências Sociais, com mais ou menos o mesmo significado. No entanto, é difícil de definir, uma vez que engloba ao mesmo tempo um conjunto de fluxos de pensamento, muito diferentes um do outro.

Tudo o que é considerado pós-moderno compartilha da ideia do fracasso do projeto moderno, ou seja, o fracasso da modernidade em renovar as formas tradicionais de arte, cultura e pensamento.

Segundo alguns autores, seria mesmo necessário distinguir entre “cultura pós-moderna” (“Cultura pós-moderna"Ou"Pós-modernidade"In English) e" Postmodern Theory "("Teoria Pós-Moderna"Ou"Pós-modernismo”Em inglês), para distinguir entre a tendência cultural contemporânea em que vivemos desde o final do século XX, e os modelos de crítica e pensamento filosófico que foram produzidos a partir dessas tendências.

Em alguns casos, o nome pós-materialismo ou pós-estruturalismo é até proposto como mais ou menos sinônimos da pós-modernidade. Outra desvantagem ao se falar sobre o assunto diz respeito à validade do termo e à tentativa de descrever algo que está em andamento e para o qual ainda não existe um referencial teórico estabelecido.

Em todo caso, é comum distinguir quando se fala em pós-modernidade entre o período histórico, o movimento artístico e a corrente filosófica.

Modernidade e pós-modernidade

A fé na ciência e no progresso é típica do pensamento moderno.

A pós-modernidade não pode ser compreendida sem primeiro compreender o que foi a modernidade e que formas de pensar ela se propôs. De certo ponto de vista, de fato, a pós-modernidade faz até parte da modernidade, sua fase de decadência ou de superação, se quiserem, já que não existem. limites claro para o fim de um e o início de outro.

Na verdade, não se deve pensar que um paradigma o outro completamente, mas sim que a pós-modernidade é, no fundo, um questionamento da relevância da valores moderno.

Mas vamos por partes: por um lado, a modernidade é a época que começou no século XV e se estende por vários séculos. Nele uma série de profundas mudanças científicas, sociais, políticas e econômicas ocorreram na humanidade.

Entre outras coisas, é assim que burguesia como classe social dominante, a construção de Estado de Direito e da ordem republicana, tudo sob a premissa de que a razão humana era a melhor aliada para organizar o mundo social e político. Fé em Ciência, no progresso e no acúmulo de conhecimento é típico da modernidade.

O pós-modernismo é a perda de fé nessas promessas, amplamente inspirado pelo niilismo e a visão pessimista que se seguiu ao Segunda Guerra Mundial e seus horrores. Nesse sentido, a pós-modernidade não acredita nas “grandes histórias” modernas.

Ao contrário, assume uma postura irônica, relativizando o que antes eram valores absolutos e abraçando o nominalismo, ou seja, a visão de que tudo no mundo é necessariamente particular. Assim, a principal crítica à pós-modernidade diz respeito à falta de propostas de alternativas, o que poderia transformá-la em uma espécie de beco sem saída filosófico.

Características da pós-modernidade

O pensamento pós-moderno é caracterizado, em termos gerais, pelo seguinte:

  • Ele se opõe ao pensamento dualístico. Ou seja, ele tenta escapar do que entende como um tradição do pensamento ocidental, que teria construído toda uma visão do mundo baseada em oposições duplas: preto-branco, leste-oeste, homem-mulher, etc. Assim, a pós-modernidade tenta tornar visíveis os “outros”, que seriam aqueles que estão no meio, aqueles que escapam pelas fendas dessas dualidades.
  • Propõe a desconstrução de valores. Por meio do questionamento da tradição e de seus valores, a pós-modernidade relativiza o que antes era um verdade inegável, desmontando assim o aparato cultural herdado e exibindo suas limitações, suas fraturas, suas arbitrariedades.
  • Entenda o realidade como criação de língua. Ao contrário do que a tradição ocidental entende por linguagem, que é um mecanismo de representação do realidade, a pós-modernidade propõe que linguagem e pensamento são a mesma coisa, de modo que o real acaba sendo uma construção linguística, uma vez que o pensamento não pode existir sem linguagem.
  • Propõe que a verdade é uma perspectiva. A pós-modernidade não acredita nas grandes verdades e, em vez disso, abraça os pontos de vista, por isso entende a realidade como algo inacessível, fora do nosso alcance, pois só temos acesso à maneira como a percebemos e entendemos.

Arte pós-moderna

A arte pós-moderna entende os gêneros como categorias vagas.

Não é fácil determinar o que é o início da arte pós-moderna em si, mas estima-se que tenha começado por volta dos anos 50 do século 20 e que continue até os dias de hoje. Sua principal característica é, paradoxalmente, atacar o conceito tradicional de arte, valorizando objetos industriais ou comerciais, reprodução em massa, colagem ou pastiche.

Em outras áreas, valoriza-se o enfraquecimento dos gêneros, entendendo-os como categorias líquidas, não muito rígidas, que podem ser combinadas, e assim o transgenérico é abraçado, principalmente no. literatura.

A intertextualidade é outra característica significativa da arte pós-moderna, em que tudo se refere a outra coisa, seguindo o sentido do hiperlink a partir de Internet: uma referência refere-se a outra que remete a outra, sem o desejo ou necessidade de voltar ao ponto de partida.

Isso permite a exploração da realidade a partir de simulações, propostas a seu modo por cinema pós-moderno, em filmes como O Matrix, Começo, Blade runner, e outros, cujos imaginários questionam os conceitos tradicionais do real, do verdadeiro, do humano e a separação entre o natural e o artificial.

Arquitetura pós-moderna

A arquitetura pós-moderna se opõe ao estilo utilitário moderno.

No campo da arquitetura, a pós-modernidade iniciou-se em meados do século XX e consolidou-se como movimento em 1970. Sua principal proposta é o retorno do “engenho, ornamento e referência”, como resposta ao formalismo imposto pela modernidade arquitetônica.

A colisão de estilos, o design irônico ou paradoxal, o retorno da fachada para formar um estilo "neo-eclético", são as formas pelas quais a arquitetura pós-moderna se opõe ao estilo moderno, discreto e utilitário.

Assim, enquanto os arquitetos pós-modernos consideram os edifícios modernos como abstratos ou simplistas, os arquitetos modernos classificam a pós-modernidade como vulgar, populista e a acusam de compartilhar elementos com shoppings, cheios de detalhes inúteis ou fáceis.

Filosofia pós-moderna

Surgiu na França por volta da década de 1960, o filosofia pós-moderno, de forma semelhante ao anterior, parte da ideia de que os postulados da modernidade e Ilustração eles já foram superados.

Assim, aspira afastar-se da forma tradicional de interpretar e pensar. Abandona a fé moderna na racionalidade, graças às influências significativas da marxismo, psicanálise, críticas de Nietzsche e Kierkegaard da racionalidade e estruturalismo de Lévi-Strauss.

O termo "pós-moderno" na filosofia foi popularizado pelo filósofo francês Jean-François Lyotard (1924-1998), e essa tendência costuma incluir obras de pensadores como Michel Foucault (1926-1984), Jacques Derrida (1930-2004), Gilles Deleuze (1925-1995), Louis Althusser (1918-1990), Jean Baudrillard (1929-2007), Alain Badiou (1937-), Julia Kristeva (1941-), Giorgio Agamben (1942-), Peter Sloterdijk (1947- ) e Slavoj Zizek (1949-).

!-- GDPR -->