temperamento

Psicologia

2022

Explicamos o que é temperamento para a psicologia e quais tipos existem de acordo com as diferentes teorias. Além disso, diferenças de caráter.

O temperamento é a maneira natural pela qual a pessoa interage com o meio ambiente.

O que é temperamento?

Em psiquiatria e psicologia, o temperamento é a maneira comum e básica pela qual um determinado indivíduo lida com as situações de sua vida. Refere-se tanto à estrutura dominante do humor quanto motivação das pessoas, bem como a intensidade de seus afetos psíquicos, ou seja, é sua forma natural e espontânea de interagir com o meio. Não deve ser confundido com personalidade nem com ele personagem.

O temperamento, ao contrário de outros fatores psíquicos, é estável e hereditário, e os fatores externos da vida não intervêm nele. Na verdade, em uma criança em tenra idade já se evidencia o temperamento que ela terá ao longo da vida, conforme o estilo de conduta É mais natural para você reagir às situações.

Desde a antiguidade o estudo clássico do temperamento interessou ao humanidade, em parte como uma forma de classificar e prever as reações humanas. Na verdade, o palavra o mesmo vem do latim temperamento, uma forma derivada do verbo temperar ("Misturar" ou "diluir"), e isso poderia ser traduzido como "a mistura única de cada um" ou "a combinação de cada um".

Tipos de temperamento

O gregos antigos, e especialmente os médicos Hipócrates (460-370 aC) e Galeno (129-200) basearam seus estudos na Corpo e a psicologia humana na suposta existência de quatro humores fundamentais (sangue, fleuma, bile amarela e bile negra), que como emanações da alma poderiam determinar os quatro temperamentos humanos:

  • Temperamento de sangue. Aquele em que o sangue predomina, é extrovertido e ótimo flexibilidade Diante do ambiente, típico de pessoas vivas, ativas, intuitivas, dispostas a se divertir, cujas decisões tendem a ser tomadas com base nos sentimentos.
  • Temperamento fleumático. Aquele em que predomina a catarro, é calmo, calmo, sério, impassível e racional, com tendência para o Equilíbrio e o pensamento analítico, sem alarde, que demora na hora de tomar uma decisão.
  • Temperamento melancólico A pessoa em quem predomina a bile negra é triste, perfeccionista, analítica e altamente sensível emocionalmente, às vezes predisposta a depressão e a introversão. Pode apresentar mudanças emocionais repentinas e tem baixa reatividade com o ambiente.
  • Temperamento colérico. Aquele em que predomina a bile amarela, é nervoso, desequilibrado, quente, rápido e muito independente, dominante e manipulador, intolerante e pouco sensível aos outros. Ele não requer estímulos de seu ambiente, mas geralmente é aquele que estimula os outros ao seu redor e está propenso a metas inacessível.

Esse modelo de quatro temperamentos existiu durante séculos e foi de fato a base da medicina europeia medieval. Posteriormente, porém, esses arquétipos tenderam a se confundir, já que ninguém se encaixa 100% neles, obtendo-se combinações como colérico-fleumático (COL-FLEM).

Posteriormente, surgiram muitas outras teorias e abordagens sobre a personalidade e constituição dos indivíduos, a maioria das quais combinava os aspectos corporais com os mentais ou emocionais. Assim, por exemplo, em seu trabalho Constituição e caráter , o psiquiatra alemão Ernst Kretschmer (1888-1964) propôs três tipos físicos fundamentais:

  • Leptosomático, com corpo esguio, traços esguios, alongados, angulares, e que parece mais velha do que é.
  • Atlético, de estatura média ou acima da média, musculoso, com peito largo e ombros fortes.
  • Picnic, de média ou baixa estatura, pescoço curto e sólido, ventre grosso e baixo, tronco arredondado.

Segundo Kretschmer, essa tipologia correspondia a uma certa propensão para uma ou outra doença mental; uma premissa herdada pelo americano W. H. Sheldon (1898-1977) para sua teoria da somatotipos, em que a referida classificação corporal correspondia a determinados tipos de temperamento. Assim, Sheldon propôs a seguinte classificação:

  • O endomorfo, semelhante ao tipo piquenique de Kretschmer, é dominado pelas vísceras, especialmente o estômago, e é marcado pelo desenvolvimento embrionário do endoderma (trato intestinal). A viscerotonia, o interesse pela atividade visceral e tudo o que isso implica culturalmente, predomina neste tipo de corpo.
  • Mesomorfo, semelhante ao tipo leptosomático de Kretschmer, é dominado pelo sistema nervoso, os sentidos e a pele, que são formados no embrião a partir do ectoderma. A cerebrotonia, o interesse pela atividade cerebral e nervosa, e tudo o que isso implica culturalmente, predomina neste tipo de corpo.
  • O ectomorfo, semelhante ao tipo atlético de Kretschmer, é dominado pelos músculos e a aparelho ósseo, derivado do mesoderma embrionário. Somatotonia, interesse pela atividade muscular e tudo o que isso culturalmente implica domina neste tipo de corpo.

Essas tipologias foram muito populares em meados do século 20, embora hoje sejam consideradas aproximações antigas e desatualizadas, uma vez que a união entre corpo e mente (psicossomática) é descrita em termos bastante simplistas. No entanto, essa tipologia influenciou as abordagens psicanalíticas da personalidade, como as propostas por Carl Gustav Jung (1875-1961) em seus tipos de personalidade.

Temperamento e caráter

Embora seja possível que em muitas áreas esses dois termos sejam usados ​​como sinônimos, de acordo com o psiquiatra americano Claude Robert Cloninger (1944-) eles não são exatamente os mesmos. Ao contrário do temperamento, o caráter é geralmente associado a aspectos voluntários da personalidade que têm a ver com autocuidado e automonitoramento, e consiste em quatro hábitos ou dimensões:

  • A prevenção do perigo.
  • A busca por notícias.
  • A dependência da recompensa.
  • Persistência.

A combinação desses quatro traços constitui, assim, o que chamamos de caráter, e trata-se de formas adquiridas, ou seja, aprendidas a partir de componentes e tendências genéticas iniciais.

Em outras palavras, o temperamento não é modificável e depende da hereditariedade; enquanto o caráter é, embora também seja baseado inicialmente no congênito. Por isso, tende-se a pensar que o temperamento é incontrolável e inedutável, enquanto o caráter pode ser modelado.

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