Empírico

Explicamos o que é algo empírico e o que é o empirismo. Além disso, quais são as características e tipos de conhecimento empírico.

O empírico é demonstrável e pode ser experimentado diretamente.

O que é algo empírico?

O empírico é aquele que se baseia em experiência E no observação dos fatos. Este termo vem da palavra grega empirico, traduzível como "experimentado", ou seja, algo que foi experimentado ou testado antes de tomar uma decisão. Assim, pode-se falar deconhecimento empírico”, de “evidência empírica” ou mesmo de “empirismo” (uma importante perspectiva filosófica que surgiu no norte da Europa durante a Idade Média).

Em geral, quando dizemos que algo é empírico, queremos dizer que é demonstrável e que pode ser experimentado diretamente, ou seja, que não é sustentado por teorias não por suposições, mas por fatos.

Um dos procedimentos utilizados para descrever a método ciêntifico (em que todos os conclusões científico) é conhecido como o método empírico-analítico e consiste em verificar por contraste ou percepção dos fatos hipótese inicial, ou seja, uma verificação empírica. Para isso você pode acessar experimentos, observações qualquer Medidas.

O termo “empírico” pode ser utilizado em diferentes áreas do conhecimento e em diferentes contextos, sempre como sinônimo de “efetivo”, “experimental”, “observável” ou mesmo “real”, “concreto”, “irrefutável”.

Empirismo

Filósofos como John Locke sustentavam que o conhecimento vem do estudo da experiência.

A corrente filosófica do empirismo é aquela que defende o papel da experiência, da percepção sensorial e da evidência real na formulação de Ideias e de conhecimento. Ou seja, essa corrente sustenta com maior ou menor rigidez que o único conhecimento possível é aquele derivado da experiência e do mundo sensível, ou seja, daquilo que podemos perceber e experimentar diretamente.

O empirismo surgiu no final do séc. Idade Média e inícios de Renascimento, no Reino Unido, em oposição direta ao racionalismo, pois para esta última razão humana e sua capacidade de dedução Era a principal via de acesso ao conhecimento.

Assim, enquanto o racionalismo prevalecia na França, Holanda e Alemanha, pelas mãos de René Descartes (1596-1650), Nicolás Malebranche (1638-1715) e Baruch Spinoza (1632-1677), entre outros no Reino Unido graças às obras de Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679), George Berkeley (1685-1753), John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776). Tanto que essa tradição filosófica foi batizada de “empirismo inglês”.

Segundo os empiristas, o conhecimento humano só pode ser obtido a posteriori, ou seja, como resultado da avaliação e estudo das experiências vividas. Para isso, combinam-se a sensação (informações dos sentidos) e a reflexão (operações mentais). Assim, dois tipos fundamentais de ideias são formados:

  • Ideias simples, nascidas do processamento das sensações.
  • Ideias complexas, nascidas da abstração e complexificação de ideias simples.

conhecimento empírico

O conhecimento empírico surge diretamente do nosso encontro com a realidade.

O conhecimento empírico é aquele obtido através da experiência e percepção direta do mundo, e não da preconceitos, teorias ou imaginações.É um dos tipos de conhecimento que sustentam a conhecimento científico, e foi a contribuição para o pensamento moderno da doutrina empirista nascida no final do século XIX no Reino Unido.

O conhecimento empírico é obtido a partir da observação da realidade e do processamento mental dessas impressões. Assim, dois tipos de conhecimento empírico podem ser formulados:

  • conhecimento empírico especial. Quando se aplica a uma situação ou contexto específico, e seu cumprimento não pode ser assegurado em todos os casos possíveis.
  • Conhecimento empírico contingente. Quando se aplica a uma situação atual cuja validade ou extensão no tempo não pode ser prevista ou garantida.

Em qualquer caso, o conhecimento puramente empírico tem as seguintes características:

  • É baseado na experiência. Ela surge diretamente do nosso encontro com a realidade, sem hipóteses prévias.
  • Depende do sensorial. Sua principal fonte de informação são os sentidos, o que captam da realidade interna e externa.
  • É subjetivo. Como nem todos os indivíduos percebem a realidade da mesma forma, o conhecimento empírico pode variar dependendo de cada pessoa.
  • É comunicável, mas não verificável. Como não temos outro acesso às experiências dos outros além da linguagem, podemos saber o que os outros experimentam, mas não podemos verificar se é verdade.
  • Não tem métodos próprios. Dependendo dos sentidos e da experiência, não põe em prática métodos definidos.

Exemplos de conhecimento empírico

Exemplos de conhecimento empírico:

  • A associação entre fogo e dor com a qual as crianças aprendem que o fogo queima.
  • A capacidade da mãe de saber quando seu filho chora de fome, sono ou outros motivos.
  • A possibilidade de prever a precipitação simplesmente observando a cor e a forma das nuvens.
  • O conhecimento que permite reconhecer quais frutas são venenosas depois de tê-las provado e ter adoecido.
  • A noção de que todos os objetos no mundo eventualmente caem.

evidência empírica

A evidência empírica é chamada de testes ou demonstrações de tipo empírico, ou seja, que podem ser observadas e vivenciadas diretamente, sem ter que confiar na palavra de outrem, ou em teorias e suposições.

Uma evidência empírica, por exemplo, é o resultado de um experimento, no qual os pesquisadores observam diretamente o que aconteceu e podem medi-lo, replicá-lo e reproduzi-lo perante terceiros. Leste conceito é fundamental na emergência do conhecimento científico, uma vez que os métodos experimentais buscam, sobretudo, evidências empíricas que sustentem ou refutem seus postulados e hipóteses.

insights não empíricos

O conhecimento não empírico são modos de conhecer que não dependem da experiência direta do mundo e que não são perceptíveis, ou seja, não podem ser apreendidos pelos sentidos. Por exemplo:

  • o conhecimento religioso ou místico. É aquela que se obtém a partir de interpretações e dogmas esse link para ser humano com o divino, ou seja, com a ideia da existência de Deus e de ordem transcendente, sagrada, não verificável.
  • o conhecimento intuitivo. É aquele que se obtém sem qualquer tipo de raciocínio formal e que permite antecipar os eventos que estão prestes a acontecer, ou seja, reconhecer no realidade seus padrões e tendências, ainda que não possam ser explicados ou transmitidos a terceiros.
  • o conhecimento filosófico. É aquela que se obtém pela aplicação da razão humana no abstrato, a partir de postulados e raciocínios de tipo lógico ou formal que pouco têm a ver com a experimentação direta das coisas.
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