drama

Arte

2022

Explicamos o que é o gênero dramático, seus elementos, subgêneros e características. Além disso, como é a estrutura da obra dramática.

No gênero dramático, os textos se destinam a ser encenados.

Qual é o gênero dramático?

Dentro arte Y literatura, quando falamos do gênero dramático nos referimos ao gênero teatral, também denominado drama (do grego drama, "Ação" ou "desempenho"). Este é um gênero que se caracteriza por representar situações através de diálogo e as ações do personagens, seja no texto escrita (o “roteiro” teatral) ou em uma performance de palco (a “encenação” teatral).

No entanto, ao contrário de outros géneros literários e narrativa, os eventos do gênero dramático ocorrem em um presente contínuo, diante dos olhos do espectador, e sem a intermediação de um contador de histórias de qualquer tipo.

Embora seja comum tratar os termos drama e teatro como sinônimos, muitos especialistas apontam algumas diferenças:

  • Drama: Refere-se especificamente à parte escrita dessa arte, ou seja, a um gênero literário, portanto, é o resultado de um dramaturgo.
  • Teatro: Envolve a parte atuada, ou seja, um arte performática Em si mesma. Em outras palavras, é o trabalho de um diretor de teatro.

No entanto, os dois aspectos estão unidos e são indissociáveis ​​quando se trata de pensar este tipo de representação artística.

O gênero dramático teve suas origens no antiguidade grega, especificamente no culto a Dionísio, deus do vinho e da alegria, cujas celebrações consistiam no canto de hinos e, posteriormente, na representação de cenas mitológicas.

O teatro tornou-se parte fundamental da Educação Cidadã grega, e seus grandes dramaturgos, como Thespis (c. 550-500 aC), Ésquilo (c. 526-c. 455 aC), Sófocles (496-406 aC) e Eurípides (c. 484-406 aC) foram inspirados pelos personagens e anedotas de sua tradição religiosa, para construir uma vasta e profunda obra que em grande parte ainda sobrevive.

Mais tarde, o drama foi herdado por Roma, cujos grandes cultistas do gênero foram Plauto (254-184 aC), Terêncio (185-159 aC) e Sêneca (4 aC-65 dC).). Após um hiato importante durante o medieval Cristã, a tradição teatral foi retomada em Europa durante os séculos 11 e 12, quando o comédia escrito em latim e encenação de passagens do evangelho cristão.

A primeira obra teatral Escrito inteiramente em espanhol foi o “Auto de los Reyes Magos”, uma peça anônima escrita no século XIII, da qual aproximadamente 147 versos foram preservados.

Características do gênero dramático

O gênero dramático é caracterizado pelo seguinte:

  • Os gregos antigos chamavam qualquer forma de atuação de "drama", independentemente de seu conteúdo. Seu equivalente atual seria "teatro". Não devemos confundir esse uso do termo com o que hoje entendemos por "dramático", isto é, vinculado à tragédia e ao sofrimento emocional.
  • Embora tenha um texto literário básico, ele é projetado principalmente para encenação, ou seja, para ser representado no palco. Por isso, o texto dramatúrgico possui indicações e marcas para orientar a representação, embora esta última seja deixada para ser interpretada pelo diretor da peça.
  • Representa um conjunto de ações que fazem parte de uma história, mas ao contrário do narrativa ele o faz no presente imediato, ou seja, ele faz as coisas acontecerem na frente do espectador, e geralmente carece de todos os tipos de narradores.
  • O gênero dramático combina arte literária e artes cênicas e é considerado um dos gêneros artísticos mais poderosos da tradição ocidental.

Subgêneros dramáticos

A comédia pode recorrer ao ridículo ou ao exagero.

Tem havido, ao longo do história, inúmeras formas de classificar e subdividir o gênero dramático, algumas próprias de sua época de origem, como as propostas por Aristóteles (384-322 aC) em sua Poético, e outros muito posteriores que mostram a evolução do teatro com o passar dos séculos.

Atualmente, considera-se que existem sete grandes gêneros dramáticos, diferenciados entre realistas (apegados ao plausível) e não realistas (que tiram licenças da realidade), e são eles:

  • O tragédia. Gênero realista, de grande tradição no Ocidente, que se dedica a narrar a queda de personagens ilustres, para comover o público em meio ao seu sofrimento. Um exemplo claro disso são as clássicas tragédias gregas, como Rei Édipo de Sófocles.
  • O comédia. Gênero realista, contrapartida da tragédia, pois trata de personagens vulgares, comuns e ordinários, representados por ridicularizar ou exagerar suas características, levando o espectador ao riso ou à simpatia. Isso ocorre a partir de uma identificação com o personagem que, em muitos casos, pode apontar para um pano de fundo moralista, uma vez que busca sair de algum tipo de ensino. Um exemplo perfeito de comédia são as peças do francês Molière (1622-1673), como A trufa ou O avarento.
  • A peça. Gênero realista, caracterizado por submeter personagens comuns a situações complexas e experiências extremas, que, no entanto, não necessariamente causam uma transformação no fórum interno do personagem. Um exemplo disso é Casa de bonecas pelo escandinavo Henrik Ibsen (1828-1906).
  • O tragicomédia. Gênero realista, de protagonistas arquetípicos ou mesmo estereotipados, que ao longo da obra perseguem algum tipo de ideal: sucesso, amor, etc. Como o próprio nome indica, reúne elementos trágicos e cômicos em uma anedota complexa, que também abre o sarcasmo e a paródia. Um exemplo disso é A tragicomédia de Calisto e Melibea por Fernando de Rojas (c. 1470-1541).
  • O melodrama. Um gênero não realista, que conta anedotas complexas protagonizadas por personagens dotados de reações emocionais exageradas e que, acompanhados de música e outros "efeitos" teatrais, buscam no espectador uma resposta emocional superficial. Desde o século XVII, existe principalmente como gênero de ópera e, posteriormente, no rádio, no cinema e na televisão. Um bom exemplo disso é o Pagliacci por Ruggero Leoncavallo (1857-1919) ou Madame borboleta por Giacomo Puccini (1858-1924).
  • O trabalho didático. Gênero não realista, apresentado ao público na forma de reflexão ou silogismo, e que marcha em busca de um ensino ou um Aprendendo, por meio de personagens simples e uma anedota complexa. Um exemplo perfeito disso é O Círculo de Giz Caucasiano pelo alemão Bertolt Brecht (1898-1956).
  • A farsa. Gênero não realista, que faz uso de elementos de qualquer outro gênero dramático para conduzir seus personagens a situações de desenho animado ou simbólicas, muitas vezes funcionando como uma paródia. De um certo ponto de vista, não se trata de um gênero em si, mas de um procedimento de reapropriação de outrem. Um exemplo de farsa é Esperando por Godot por Samuel Beckett (1906-1989).

Além desses sete, há um número variável de subgêneros menores, considerados tendências transitórias ou específicas na história do gênero, como o teatro do absurdo, o teatro da crueldade, o teatro existencialista, etc.

Elementos do gênero dramático

O lugar ficcional pode ser representado com elementos cênicos ou imaginários.

O gênero dramático consiste em diferentes elementos, tanto para sua escrita quanto para sua representação cênica:

  • A ação. Conjunto de ações e trocas que ocorrem no palco durante a encenação da peça, e nem todas necessariamente contempladas no texto escrito. Em geral, a ação compõe o enredo da peça, ou seja, a história que se desenrola diante de nossos olhos.
  • A espacialidade. O palco ou lugar ficcional onde se desenrola a peça, representados através de elementos cénicos reais (cenários, instrumentos, etc.) ou imaginários (aqueles que se fazem “aparecer” através da performance).
  • Temporalidade. No trabalho, duas formas muito diferentes de clima, que é o tempo da obra, ou seja, o tempo percorrido pelo desenrolar da ação e que pode ser minutos, semanas, meses ou anos, dependendo da anedota contada; e o tempo de atuação, que é o tempo real necessário para contar a anedota, ou seja, a duração do espetáculo, geralmente entre uma e três horas.
  • O personagens. Cada ator no palco encarna um personagem da anedota, de acordo com o que está contemplado no roteiro. Os personagens podem ser protagonistas ou secundários, podendo ser apresentados ao público acompanhados de fantasias ou não. Na antiguidade grega, os atores usavam máscaras que deixavam claro qual personagem eles encarnavam.
  • O conflito. Em toda obra dramática existe um conflito que é fonte de tensão na história, ou seja, gera suspense e o desejo de continuar contemplando a peça (ou de continuar lendo). Esse conflito surge da vontade do protagonista e de seu encontro com a realidade dos demais personagens, ou seja, quando duas ou mais cosmovisões se confrontam na trama.

Estrutura da obra dramática

Obras dramáticas podem variar em termos de estrutura, mas em geral são estruturados:

  • Atos: São grandes unidades em que a obra é segmentada, separadas umas das outras por um intervalo (intervalo) representado por um rebaixamento da cortina, escuro ou mecanismo semelhante.
  • Cenas: são as unidades em que cada ato se divide, e que correspondem à presença no palco de determinados personagens ou elementos, ou seja, são determinadas pela entrada ou saída dos atores no palco.

Uma peça pode ter 2, 3, 5 ou até 7 ou mais atos, cada um com um número diversificado de cenas.

Por outro lado, falando em termos narrativos, uma obra teatral divide-se, segundo a visão aristotélica clássica, em três segmentos claramente diferenciados: início, desenvolvimento e fim.

  • No início corresponde à apresentação dos personagens e do conflito, geralmente de posições opostas que são oferecidas ao público.
  • O desenvolvimento corresponde à complicação de enredo, conduzindo os personagens ao confronto decisivo ou à situação extrema, que é onde a história atinge seu ponto máximo de tensão.
  • O desfecho corresponde à resolução do conflito e à apresentação de uma nova ordem de coisas, que resolve as tensões e proporciona o fim do trabalho.
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