magia

Cultura

2022

Explicamos o que é magia, as duas formas de compreendê-la e sua história. Além disso, as características de cada tipo de magia.

A magia supõe a existência de um conhecimento intermediário entre religião e ciência.

O que é magia

Em termos gerais, existem duas maneiras diferentes de compreender o significado da magia:

A primeira e mais tradicional, é entendida como a crença de que por meio de rituais, feitiços e conhecimento arcano, forças sobrenaturais podem ser manipuladas para afetar o realidade ao nosso capricho.

Esses poderes seriam usados ​​por feiticeiros, bruxos, bruxas e outras figuras mitológicas a quem o tradição atribui um conhecimento Ocultista do mundo, colecionado em livros mágicos e posto em movimento por poções, varinhas mágicas e outros elementos supostamente de poder.

A segunda consideração, também chamada de ilusionismo, refere-se, em vez disso, à arte de produzir ilusões no palco, usando truques mais ou menos elaborados que dão a sensação, precisamente, de que existem forças invisíveis e sobrenaturais em ação. Ao contrário do caso anterior, este conceito de magia é aquele que é colocado em prática, no mundo real, por ilusionistas e mágicos, para fins de entretenimento.

Ambos os conceitos são o resultado de uma tradição que imagina a existência de conhecimentos e poderes intermediários entre os religião e a Ciência, próximo ao alquimia, necromancia, taumaturgia e outras formas de ocultismo. Esses supostos conhecimentos e práticas, geralmente atribuídos a culturas antigas pagãoForam perseguidos pelas grandes religiões monoteístas e punidos com mão severa, como aconteceu com a feitiçaria e a fitoterapia.

A magia é imensamente atrativa, pois supõe que a realidade pode ser moldada ao nosso gosto se conhecermos as fórmulas ou encantamentos necessários. Na verdade, de um certo ponto de vista, as barreiras que diferenciam a magia de outros conhecimentos verificáveis ​​são difíceis de rastrear: para uma pessoa do Meia idade, muitas das tarefas diárias que a ciência permite hoje podem ser classificadas como "mágicas".

História da magia

O ofício de ilusionista surgiu das mãos da ciência.

O palavra "Magic" vem do latim Magia, por sua vez, herança do grego mageia, termo com o qual os gregos antigos se referiam às qualidades atribuídas aos sacerdotes do zoroastrismo persa. Isso quer dizer que a origem desta palavra certamente remonta ao farsi (magush).

Os sacerdotes persas foram enormemente influentes em sua sociedade entre os séculos 6 e 5 aC. Eles costumavam realizar seus ritos e cantos mazdeanos em frente a fogueiras, de modo que no Ocidente poderes sobrenaturais e demoníacos eram atribuídos aos persa.

O fim mago dos romanos, na verdade, era reservado para aqueles que, como esses padres, praticavam o ocultismo e as artes sinistras. No entanto, foram os cristãos que posteriormente perseguiram os Magos, acusando-os de fazer um pacto com o diabo e de serem, essencialmente, hereges, servos de Satanás.

Com os mesmos critérios, o Ocidente cristão respondeu às tradições rituais dos povos pagãos, dos povos orientais e, mesmo, às primeiras formas de pensamento científico. Era comum, por exemplo, na época colonial, que os povos súditos fossem atribuídos à prática de magia ou ritos mágicos.

Na América colonial espanhola, por exemplo, o nativos eles foram imaginados como herdeiros de poderosas tradições mágicas ou espirituais, que eram consideradas pecaminosas. Os escravos africanos eram atribuídos à prática da necromancia, mais conhecida como vodu. A magia, como se verá, despertou no ser humano desde os tempos antigos o fascínio e ao mesmo tempo a desconfiança.

Por outro lado, os ilusionistas também existem desde os tempos antigos e se alimentaram da crença em tais poderes e tradições ocultas. Na verdade, existem registros de "mágicos" no Egito Antigo, há mais de 4.000 anos.

Porém, o ofício de ilusionista só surgiu no século 16, curiosamente de mãos dadas com a ciência, já que os primeiros ilusionistas e espíritas usavam mecanismos e ilusões para fingir poderes mágicos.

Essa tradição se tornou um espetáculo no século 19, com o aparecimento dos primeiros mágicos escapistas, como o famoso Harry Houdini (1874-1926). Posteriormente tiveram a possibilidade de aparecer perante grandes públicos, através do meios de comunicação.

Tipos de magia

Tradicionalmente, várias tradições da chamada magia são distinguidas, dependendo de sua natureza e da consideração moral ou ética de suas ações. Assim, por exemplo, é comum falar de magia "branca" quando seus objetivos são bem intencionados, e de magia "negra" no caso totalmente oposto. Da mesma forma, as seguintes "formas" mágicas podem ser diferenciadas:

  • Adivinhação. Como o próprio nome sugere, trata-se de magia usada para prever o futuro ou ver o que normalmente não pode ser visto. Seu símbolo tradicional é a bola de cristal: um artefato no qual poderiam ser vistas imagens do futuro ou do que estava acontecendo em outra parte do mundo. O uso de letras também é comum (como tarot), leitura de mãos e outras suposições métodos que interpretam as pistas do futuro no presente.
  • Necromancia. É sobre a magia que trata dos mortos e do mundo dos falecidos, seja pela revivência pessoas, invocando espíritos ou realizando ritos que requerem partes de cadáveres. Está associado aos mortos-vivos, pestilência, bruxaria e às artes do diabo.
  • Piromancia. Este é o nome que se dá à magia do fogo: aquela que supostamente domina quem estabelece um pacto com esse elemento, para o sujeitar à gestão do seu Vai. Os piromantes podiam não apenas - supostamente - comandar o fogo, mas também gerá-lo espontaneamente.
  • Magia sexual. A partir da consideração de sexo Como uma prática sagrada e poderosa, esta tradição atribuía capacidades mágicas aos fluidos corporais, certas posturas ou práticas eróticas, e aspirava a provocar o paixão e paixão à vontade entre os seres humanos.
  • A invocação. Nesse tipo de prática mágica, os rituais são usados ​​para convocar ou atrair entidades demoníacas, sobrenaturais ou místicas para o plano real, que de outra forma não poderiam interferir na realidade. Em troca disso, ou justamente como condição de deixá-los voltar ao seu plano habitual, os invocadores costumavam pedir favores ou exigir o uso de seus poderes. Uma versão antiga e oriental disso é aquela que imagina o gênio preso em uma lâmpada mágica, concedendo três desejos a quem o liberta.
  • Taumaturgia. Entendida como a magia que transforma ou cria a matéria, pode ser entendida como uma antecessora da alquimia. Os taumaturgos podem converter alguns materiais em outros à vontade, ou fazê-los aparecer do nada, e também podem conferir certos presentes a objetos específicos, como relíquias. É o caso do suposto cálice sagrado, que imediatamente purifica tudo o que nele se derrama.
  • O olho do mal. Uma das formas mais populares e comuns de magia, que consiste na possibilidade de enfeitiçar o outro ou magoá-lo só de olhar para ele, principalmente quando é fruto da inveja. Para isso, costuma-se (ainda hoje) utilizar amuletos de proteção como o jato ou a semente de peônia, principalmente em recém-nascidos.
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