Ginástica ritmica

Esporte

2022

Explicamos o que é a ginástica rítmica, sua história e principais competições. Além disso, informamos quais dispositivos ele usa.

A ginástica rítmica é praticada principalmente por atletas do sexo feminino.

O que é ginástica rítmica?

A ginástica rítmica, às vezes chamada de ginástica rítmica moderna, é uma esporte Olímpico em que elementos do dança, a teatro e a academia, para executar séries de exercícios físicos de forma graciosa, estética e harmoniosa. A ginástica rítmica está intimamente relacionada com a ginástica. ginástica artística feminino e pode fazer parte de competições ou simplesmente exposições ao público, neste último caso uma prática esportiva próxima ao Artes Cênicas.

Normalmente a prática da ginástica rítmica é feita ao ritmo do música de um único instrumento (geralmente o piano) e com o auxílio de aparelhos de ginástica como aros, bolas, maças e fitas. Esta disciplina é praticada principalmente por atletas do sexo feminino e, como outras formas de ginástica, é regida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), com sede em Moutier, na Suíça.

Uma execução típica da ginástica rítmica é realizada individualmente ou em grupos de seis integrantes, em sequências que vão de um minuto a um minuto e meio (no caso de apresentação individual) ou de dois minutos e meio a três (no caso de do grupo). o movimentos da ginasta durante a execução são livres, é comum que envolvam pelo menos dois movimentos considerados "superiores" (devido ao seu grau de dificuldade), e são avaliados aspectos como originalidade, fluidez e precisão. estético da rotina do movimento.

Origem e história da ginástica rítmica

Pehr Henrik Ling iniciou o "Movimento do Norte" no início do século 19.

Embora a ginástica tenha uma história bem conhecida no Antiguidade clássico, suas primeiras aparições modernas datam do século XVIII em Europa Ocidental. Seu germe foram as teorias do antropólogo francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) sobre o desenvolvimento físico dos bebês e sua importância no processo educacional, algo que até então não fazia parte das preocupações pedagógicas.

Essas ideias foram colocadas em prática pelo pedagogo alemão Johann Bernhard Basedow (1723-1790), que inaugurou uma corrente de Educação Física que seria seguido mais tarde por muitos outros, entre eles o sueco Pehr Henrik Ling, iniciador do "Movimento do Norte" que criou a academia sueca em 1814.

Ling foi o criador de uma "ginástica estética" que escapava aos formatos rígidos do mundo militar e do exercício físico, e permitia que os alunos expressassem conteúdos emocionais por meio de movimentos corporais.

O sucesso deste modelo permitiu que fosse transferido para os Estados Unidos em 1837 por Catharine Beecher, fundadora da Instituto Feminino Ocidental (“Western Female Institute”) em Ohio, onde o graça sem dançar, algo como "elegância sem dança", um método de exercício feminino ao ritmo da música. Em 1864, o professor Diocletian Lewis foi ainda mais longe, incorporando diferentes artefatos aos exercícios: pesos, tacos e anéis de madeira.

Outro importante antecessor foi, no final do século XIX, o músico e professor francês François Delsarte (1811-1871), que trabalhou com atores a quem ensinou a usar o corpo de forma mais expressiva, com exercícios inspirados no método de ling. Assim, criou um método (o “método Delsarte”) que seria fundamental para a criação do Movimento de Centro, precursor direto na Áustria, Alemanha e Suíça da ginástica rítmica moderna.

O Movimento de Centro teve muito sucesso no início do século XX graças à incorporação da eurítmica (eurítmica), criado pelo músico e educador suíço Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950), que era um método de ensino de música por meio de exercícios físicos.

O maior expoente desse movimento de dança europeu foi um aluno do próprio Dalcroze, o alemão Rudolf Bode, a quem devemos o surgimento do ginástica expressiva, nome pelo qual a ginástica rítmica era então chamada. Bode fundou sua escola em Munique em 1911 e em 1922 publicou o livro de sucesso ginástica expressiva onde lançou as bases para esta nova forma de disciplina artístico-desportiva.

O trabalho de Bode foi fundamental para a popularização da ginástica rítmica no mundo, e foi continuado pelo alemão Heinrich Medau, criador em 1929 em Berlim do Faculdade de Movimento. Medau se concentrou em criar um método específico para mulheres jovens e adultas, que não fosse apenas estético, mas benéfico para a saúde.

Essas novas teorias e movimentos tornaram-se conhecidos do mundo no Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, juntamente com as contribuições de outras importantes escolas suecas e finlandesas que buscavam uma ginástica mais fluida, menos rígida em seus movimentos.

Embora este esporte feminino tenha sido praticado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928, sob o nome de ginástica moderna, foi a partir do Campeonato Mundial de Ginástica de 1934 (o primeiro a aceitar a competição feminina) que a ginástica rítmica ganhou verdadeira relevância internacional. As escolas de ginástica rítmica do União Soviética, onde era chamada de ginástica artística (nome que hoje é reservado para outra disciplina).

Então, em 1962, foi fundada a Federação Internacional de Ginástica, dedicada a padronizar a prática deste esporte, e em 1963 foi organizado o primeiro Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica em Budapeste, cuja campeã foi a soviética Ludmila Savinkova. A partir de então, decidiu-se realizar o campeonato a cada dois anos, iniciando assim uma etapa de expansão mundial da modalidade, que terminou em 1984 com a incorporação da ginástica rítmica como esporte olímpico oficial.

Aparelho de ginástica rítmica

O uso de tacos requer a máxima precisão psicomotora.

A prática da ginástica rítmica envolve não só o ginasta, mas também uma série de elementos ou aparelhos ginásticos, cujas dimensões são padronizadas pela Federação Internacional de Ginástica. Este órgão também decide quais elementos são adequados para cada categoria de idade da competição: benjamín (abaixo de 9 anos), alevín (de 9 a 11 anos), infantil (de 11 a 13 anos), júnior (de 13 a 15 anos) e juvenil (a partir dos 15 anos).

Os dispositivos mais utilizados nesta prática são:

A corda

Feito de cânhamo ou outras fibras sintéticas, tem nós nas pontas, como alças, e seu comprimento varia de acordo com a idade do ginasta. Sua execução consiste em giros, golpes, arremessos e saltos harmônicos, garantindo que a corda toque o solo o mínimo possível.

O anel

É uma argola de plástico rígido, pesando cerca de 300 gramas e entre 80 e 90 centímetros de diâmetro, podendo chegar até a cintura do ginasta em altura. Pode ser liso ou áspero, e geralmente é envolto em fitas coloridas. Sua execução envolve a criação imaginária de um espaço, dentro do qual a ginasta se movimenta, entrando e saindo do aro de forma graciosa e coordenada, fazendo-o rolar, pular e girar ao mesmo tempo.

A bola

É uma bola de borracha ou plástico entre 18 e 20 centímetros de diâmetro e pesando no mínimo 400 gramas, que acompanha a ginasta em sua execução e deve continuar em movimento: rolando, girando, quicando, mas nunca permanecendo imóvel no chão.

Espera-se que o ginasta manuseie a bola de forma suave e fácil, sem agarrá-la com muita força, e execute arremessos verticais, saltos, rolos, rotações e outros giros com ela, mantendo a bola sob controle.

as maças

São hastes de plástico, borracha ou madeira com cerca de 8 a 5 decímetros de comprimento e cerca de 150 gramas de peso, com cabeça esférica e pescoço fino que permitem que sejam seguradas com firmeza.

É um aparelho ideal para ginastas ambidestros, pois requer ambas as mãos para manuseá-lo em voltas, voltas e outras figuras assimétricas que implicam a máxima precisão psicomotora. As maças podem bater umas nas outras suavemente, podem ser jogadas no ar ou seguradas nas mãos.

A gravação

Feito de um material não engomado como o cetim, ele consiste em uma fita de pano amarrada em uma extremidade a uma haste ou estilete de madeira, plástico ou fibra de vidro, que serve para controlar a fita e movê-la ao redor da ginasta ou de seus membros.

A fita tem entre 4 e 6 centímetros de largura e até 6 metros de comprimento, e normalmente é usada para criar figuras em ziguezague, espirais e outras silhuetas que se harmonizam com os movimentos da ginasta, de forma que a ponta da fita nunca toque no solo e está em movimento contínuo.

Características de um ginasta

Os ginastas rítmicos dominam movimentos como saltos, rotações, equilíbrios e flexões.

Em comparação com outras modalidades desportivas, os praticantes de ginástica rítmica levam uma vida desportiva curta e exigente, que começa cedo.Em geral, possuem corpos curtos e robustos, ideais para a simetria do movimento e a combinação de três instâncias fundamentais: o beleza de movimentos, domínio sobre o aparelho e coordenação musical.

Em geral, espera-se que os ginastas rítmicos dominem um conjunto de movimentos, como:

  • saltos. São movimentos em que a ginasta adquire um certo vôo, mantendo poses artísticas semelhantes às do balé e da dança. Estes saltos devem ser sempre coordenados com o aparelho utilizado.
  • Rotações. São giros feitos no eixo do corpo, apoiados em pontos ou em alguma parte do corpo, para conseguir um movimento de pelo menos 360°. Durante a virada, a ginasta deve manter uma forma corporal graciosa e forte, muitas vezes segurando o resto dos membros no ar.
  • Saldos. São posturas que a ginasta mantém por alguns segundos, normalmente em uma perna, seja na ponta, meia ponta ou pé chato, coordenando a postura corporal com o aparelho em uso. Dependendo do número sustentado, pode-se falar de eu passei, grand écart, arabesco, entre outros.
  • Flexões. São movimentos corporais que testam a flexibilidade e a coordenação corporal, realizados no apoio de um pé ou de qualquer outra parte do corpo.

Principais competições de ginástica rítmica

O Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica é realizado desde 1963.

As competições Os mais destacados na ginástica rítmica são os seguintes:

  • o Jogos Olímpicos Internacional, organizado pelo Comitê Olímpico Internacional e realizado a cada 4 anos.
  • O Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, organizado anualmente pela Federação Internacional de Ginástica desde 1963 (exceto em anos olímpicos).
  • O Campeonato Europeu de Ginástica Rítmica, organizado anualmente desde 1978 pela União Europeia de Ginástica (UEG).
  • A Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, organizada pela Federação Internacional de Ginástica desde 1983, semestralmente.

Outros tipos de ginástica

Além da ginástica rítmica, existem outras disciplinas de ginástica, como:

  • Ginástica geral. Também conhecida como "ginástica para todos", é a única disciplina de ginástica não competitiva, ou seja, é realizada pelo puro prazer do exercício e bem estar corporal. Pessoas de todas as idades podem participar, e consiste em executar movimentos de forma sincronizada, geralmente em grupos de 6 a 15 ginastas.
  • o ginástica artística. É uma disciplina olímpica que consiste em realizar coreografias de alta velocidade e exigentes, através de movimentos corporais realizados em diferentes aparelhos ginásticos, como o rack, a barra, as argolas, entre outros.
  • Ginástica aeróbica. Também conhecida como “aeróbica esportiva”, é uma disciplina de ginástica que consiste na execução de diferentes sequências de movimentos de alta intensidade derivados da aeróbica tradicional, em períodos de um minuto ou um minuto e meio.
  • Ginástica de trampolim. É uma disciplina de ginástica acrobática, que utiliza trampolins e outros dispositivos elásticos para que o atleta possa realizar diversos saltos, piruetas e exercícios corporais.
  • Ginástica acrobática. Também conhecido como "acrosport", é uma disciplina de ginástica em grupo (em duetos, trios, quartetos ou mais) em cuja prática colaborativa o corpo de um atleta serve de instrumento para outro e vice-versa, com o objetivo de realizar pirâmides humanas, saltos , figuras e coreografias.
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